Hoje o dia não ia ter grandes aventuras. Metemos-nos a caminho pela A23, e depois a A1 até Lisboa. Parámos na ES de Aveiras para dar de beber á nossa Suzukinha e para mais um café. Já vos disse que o café Português é um espectáculo???
Chegámos a Lisboa e ficámos em pânico com o trânsito. Agora percebo porque é que os estrangeiros dizem que nós conduzimos que nem maníacos. De qualquer maneira, viver numa cidade onde toda a gente anda de bicicleta e há pouco transito, deixou-nos algo destreinados para o trânsito Lisboeta.
Fomos até Cascais ter com o meu daddy e fomos almoçar com ele e a minha tia. Um almoço Português, filetes de pescada com arroz de tomate malandrinho e uma saladinha de alface e tomate, bem temperada. Estava 5* e deu para matar as saudades de comidinha Portuguesa.
E depois, fomos ao Santini comer um gelado. O meu marido nunca tinha comido gelados no Santini. Hoje ficou a saber o que perdeu estes anos todos.
E depois fomos namorar para a baía de Cascais.
- Estava aqui a pensar...
- Mau, tu quanto te pões a pensar, sabe Deus o que vai sair dai.
- E se fossemos ao Algarve ter com os meus pais e a minha irmã??? Ainda fazíamos uma prainha e comíamos umas sardinhas.
- Mas tu ainda queres andar mais de mota???
- Não, vamos no teu charuto.
- O meu Golf não é nenhum charuto, ouviste??? Gosto muito do meu carrinho.
- Tá bem, pronto, então vamos no teu Golf 1.4, modelo Charuto.
Se alguém estiver interessado num motard de olhos verdes, pode levá-lo...
E lá fomos nós até ao Algarve. Quer dizer, primeiro fomos de Cascais até á nossa casinha, deixar a mota e buscar o nosso carrinho.
Desta vez, fomos pela AE para experimentar. Vamos sempre pela nacional porque o €€€ da portagem dá para a gasolina, mas desta vez quisemos ver como era a AE. A paisagem era gira, mas o transito era quase nenhum. Uma AE daquelas sem transito deixa-nos a pensar que algo está mal...
- Era giro chegar ao Algarve e acontecer o mesmo que o ano passado, não achas???
- Estás a falar do que, exactamente??
- Daquilo com a minha mãe.
- Ah, isso, pois foi, foi muito giro.
Pois o que se passou e passa-se sempre é que o meu marido nunca diz aos pais quando vem a Portugal, ou melhor, ele diz. Mas diz que vai no dia 10 e chega no dia 8, e nunca ninguém está á espera dele. Estou para ver o dia em que dá uma coisinha aos pais dele.
Neste caso, a situação ocorreu o ano passado em Marco, metemos-nos a caminho de Portugal e fomos direitinhos para o Algarve. Toda a gente pensava que chegávamos dois dias depois.
E não é que quando íamos a chegar a Quarteira, a mãe do meu marido ia a atravessar a passadeira. Claro que ele acelerou para a “atropelar”. Haviam de ver a cara dela quando viu que era o filho. O meu marido adora fazer estas coisas, parece um puto.
E este ano aconteceu o mesmo, só que ia a família toda e não conseguimos “atropelar” ninguém. Enfim, é sempre bom ver o meu marido satisfeito com a família dele.
Claro que depois fomos jantar as ditas sardinhas, que estavam uma maravilha, bem gordinhas.
Foi um fim-de-semana para descansar da viagem, que, tenho que admitir, apesar de estar exausta, estou pronta para repetir, mas, de preferência, numa destas.
Ficámos em Portugal mais uns dias para eu ir ao médico e fazer uns exames de rotina. E voltámos, só porque o meu marido ia começar um emprego novo. Final perfeito para uma viagem quase perfeita.
Recomendo a fazerem uma aventura destas pelos menos uma vez por ano para manter a sanidade mental.
E agora, vou experimentar fazer umas receitas típicas das regiões por onde passámos. Não percam os próximos episódios.
A Tia Maria.